terça-feira, novembro 03, 2015

O Dia de Todos os Santos

O Dia de Todos os Santos

A Enciclopédia Católica define o Dia de Todos os Santos como uma festa em "honra a todos os santos, conhecidos e desconhecidos".
No fim do século II, professos cristãos começaram a honrar os que haviam sido martirizados por causa da sua fé e, achando que eles já se encontravam junto de Deus, oravam para que intercedessem em seu favor.
A comemoração regular teve inicio quando, em 13 de maio de 609 ou 610, o Papa Bonifácio IV dedicou o Panteão em Roma a Maria e a todos os mártires. A data foi mudada para novembro quando o Papa Gregório III (731-741) dedicou uma capela em Roma a Todos-os-Santos e ordenou que fossem homenageados no 1.° dia de novembro.
Na Igreja Católica, o dia de "Todos-os-Santos" é celebrado no dia 1 de novembro e o de "Finados" no dia 2 de novembro. Esta tradição de recordar os santos está na origem da composição do calendário litúrgico, em que constavam, inicialmente, as datas de aniversário da morte dos cristãos martirizados como testemunho pela sua fé, realizando-se celebrações liturgicas, habitualmente no mesmo local ou nas imediações onde teriam sido mortos, como acontecia em redor do Coliseu de Roma.
Posteriormente tornou-se habitual erigirem-se igrejas e basílicas dedicadas à sua memória nesses mesmos locais.
O desenvolvimento da celebração conjunta de vários mártires, no mesmo dia e lugar, deveu-se ao facto frequente do martírio de grupos inteiros de cristãos e também devido ao intercâmbio e partilha das festividades entre as dioceses e paróquias por onde tinham passado e se tornaram conhecidos.
A partir da perseguição de Diocleciano o número de mártires era tão grande que se tornou impossível designar um dia do ano separado para cada um. O primeiro registo da existência de um dia comum para a celebração de todos, aconteceu no séc. IV em Antioquia, no domingo seguinte ao de Pentecostes, tradição que se mantém nas igrejas orientais.
Inicialmente apenas se deu grande relevo a cristãos considerados heróicos nas suas virtudes, apesar de não terem sido mortos, mas com o avançar do tempo, mais homens e mulheres se sucederam como exemplos de santidade e foram com estas honras reconhecidos e divulgados por todo o mundo.
O sentido do martírio que os cristãos respeitam, alarga-se ao da entrega de toda a vida a Deus e, assim, a designação "todos-os-santos" visa a celebrar conjuntamente todos os cristãos que se encontram na glória de Deus, tenham ou não sido. Segundo o ensinamento da Igreja, a intenção catequética desta celebração que tem lugar em todo o mundo, reforça o chamamento de Cristo a cada pessoa para o seguir e ser santo, à imagem de Deus, a imagem em que foi originalmente criada e para a qual deve continuar a caminhar no amor.
Isto não só faz ver que existem santos vivos e que cada pessoa o pode ser, mas sobretudo faz entender que são inúmeros os potenciais santos que não são conhecidos, mas que da mesma forma que os canonizados igualmente veem Deus face a face, têm plena felicidade e intercedem por nós.
São João Paulo II foi um grande impulsionador da "vocação universal à santidade", tema este sido inicialmente renovado com grande ênfase no Concílio do Vaticano Segundo.
Rolando Santos

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